O Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), orgão tutelado pelo Ministério do Ambiente, realizou, na última semana uma operação de colocação de coleiras em diversos animais selvagens no Parque Nacional do Luengue-Luiana, na província do Cuando uma das maiores áreas de conservação do país. A iniciativa contou com a colaboração da ONG Elephant Without Borders, reconhecida por seu trabalho na preservação de espécies africanas.
Foram colocadas 25 coleiras em elefantes, girafas, búfalos, zebras e alguns carnívoros, com o objectivo de aprimorar o monitoramento dessas espécies em seu habitat natural. Segundo o INBAC, essa operação visa três principais objectivos: identificar os corredores de migração dos animais, mitigar conflitos entre humanos e vida selvagem, e reconhecer as zonas de dispersão que podem impulsionar o desenvolvimento do turismo sustentável na região.
O monitoramento será realizado de forma remota, a partir da sala de operações localizada em Luanda, com a equipe técnica especializada em comportamento animal e Sistemas de Informação Geográfica (GIS). Essa tecnologia permitirá acompanhamento em tempo real dos deslocamentos e actividades dos animais, contribuindo significativamente para a conservação e gestão sustentável da biodiversidade local.
O Director do INBAC, Miguel Xavier, destacou a importância dessa iniciativa para a preservação das espécies e o fortalecimento do turismo ecológico, factor crucial para o desenvolvimento económico da região. “Esta acção reforça o compromisso do Ministério do Ambiente com a conservação da vida selvagem e a utilização de tecnologias modernas para garantir a protecção e o bem-estar das espécies no Parque Nacional do Luengue-Luiana”, afirmou.
A operação marca um passo importante na estratégia do Ministério do Ambiente de promover uma convivência equilibrada entre humanos e animais silvestres, além de consolidar o parque como uma referência em turismo ecológico na Angola.