• LEVANTAMENTO CLIMÁTICO E AMBIENTAL NO SUL DE ANGOLA REFORÇA A RESILIÊNCIA DOS AGROECOSSISTEMAS E A SEGURANÇA ALIMENTAR FACE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS.


    A equipa do Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas (CETAC), órgão do Ministério do Ambiente, composta por especialistas, tem efectuado trabalho de campo nas comunidades de Virei e Camucuio (Namibe), Cahama e Curoca (Cunene) e Gambos e Chíbia (Huíla), para a recolha de dados sobre os impactos climáticos em agroecossistemas vitais para a segurança alimentar e nutricional, no âmbito do Programa FRESAN, visando a criação de um repositório regional de clima e ambiente para o Sul de Angola.

    O Governo de Angola reconhece a vulnerabilidade do país face ao impactos negativos das alterações climáticas e está ciente dos efeitos adversos já verificados, bem como da tendência para o seu agravamento. Inundações, secas, erosão do solo e elevação do nível do mar são identificados como os principais fenómenos climáticos extremos. Ciclos recorrentes de seca têm afectado de forma mais severa as regiões do sul — Huíla, Cunene e Namibe — onde a pecuária tradicional sustenta os modos de vida da maioria das populações rurais.

    Reconhecendo a urgência de aprofundar o levantamento e a disseminação de informação climática e dos seus impactos, o Ministério do Ambiente e o Programa FRESAN estão a desenvolver um repositório de clima e ambiente no Sul de Angola, com as seguintes finalidades:

    1 - Identificar e sistematizar dados ambientais e climáticos relevantes;

    2- Tornar essa informação acessível para o monitoramento e prevenção de impactos em agroecossistemas-chave;

    3- Apoiar a segurança alimentar e nutricional nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe.